Uma História do Povo Judeu - 1 e 2

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Uma História do Povo Judeu - Vol. 1: De Canaã à Espanha

Apresentação esmerada da história do povo judeu, desde o patriarca Abraão até a expulsão dos judeus da Espanha, utilizando rica iconografia, mapas, tabelas e linhas cronológicas, que facilitam a compreensão do leitor.

"Não existe objetividade na história. O historiador é um artista que, baseado em fontes e documentos, relata sua impressão pessoal do passado de forma completamente subjetiva. Objetividade? Peça a um alemão e a um inglês para escreverem objetivamente sobre a Segunda Guerra Mundial. Você terá dois fantásticos e objetivos relatos completamente diferentes!" 

Assim Hans Borger, um historiador amador, apaixonado pela história do povo judeu, define o seu trabalho. 
Hans Borger é um autodidata, e desde a juventude estuda e pesquisa sobre a história de seu povo.

De acordo com o Prof. Dr. Nachman Falbel, titular de História Medieval da USP, "um dos méritos, entre outros, da obra de Hans Borger é o de apresentar a matéria em questão à luz das novas descobertas arqueológicas e da pesquisa mais recente numa síntese amena e atraente... escrita com honestidade intelectual, isenção de espírito e conhecimento dos fatos".

"As obras disponíveis no mercado brasileiro são boas, mas esbarram em dois pontos: são maçantes - na forma e na linguagem - e falam, geralmente na 3ª pessoa" - argumenta o editor Jairo Fridlin - "A visão de um judeu sobre a história de seu povo, numa linguagem clara e moderna, consubstanciada por mapas, ilustrações e didáticas cronologias - este é o nosso diferencial." 


Uma História do Povo Judeu - Vol. 2: Das margens do Reno ao Jordão

Discorrendo sobre o judaísmo europeu a partir do século 11, Hans Borger - um historiador amador, apaixonado pela história do povo judeu - nos leva pelos guetos da Polônia e da Rússia e pelos salões da Alemanha e Áustria iluministas, nos mostra a imigração rumo à América, onde começa a brotar uma nova diáspora, e o início do desastre judaico com a chegada do nazismo. 

Discorre também sobre o despertar do nacionalismo judaico e o início da restauração da antiga pátria em Israel. 


Os dois volumes são vendidos juntos, sob nenhuma hipótese separadamente.

Os volumes desta edição vem em capa mole com orelhas largas (para garantir maior rigidez da capa).

 


 

Trechos:

 

O texto abaixo, de autoria do Professor Nachman Falbel, é um excerto do cap. 26 do vol. 2 de UMA HISTÓRIA DO POVO JUDEU:

Os judeus e o descobrimento do Brasil

Para compreendermos a situação, o caráter do judaísmo brasileiro e sua diversidade, devemos nos reportar ao seu passado mais longínquo, uma vez que os judeus estiveram presentes no território efetivamente desde sua descoberta.

O papel exercido pelos judeus na expansão e nas descobertas marítimas de Portugal é bastante conhecido, sendo que uma múltipla bibliografia encontra-se à disposição dos interessados no tema. A grande mudança deu-se no tempo de D. Henrique, cognominado o Navegador, quando este monarca, interessado pelas ciências cosmográficas, resolveu reunir em Sagres peritos e sábios que associassem seus conhecimentos à arte da navegação. Entre eles, destacava-se um mestre, Jacome, maiorquino, conhecido como "el judio de las brujulas" e sobre o qual pouco sabemos. O desenvolvimento do astrolábio, o aperfeiçoamento da bússola, das cartas marítimas e dos instrumentos náuticos foi um primeiro passo, ao qual se seguiu a criação da Junta dos Matemáticos, no tempo de D. João II, que incluía os nomes de José Vizinho e mestre Rodrigo, ambos físicos da Real Câmara, o alemão Martim Behaim e o cartógrafo Moisés. Vários destes sábios eram judeus, que se empenharam em descobrir um novo cálculo para as latitudes, pois os navegantes que naquela época se guiavam pela estrela Polar, somente podiam fazê-lo até a linha do Equador, pois após transposta esta última, a estrela perdia-se de vista e mergulhava no horizonte. Ao simplificar o astrolábio planisférico, eles produziram o astrolábio náutico e logo mais teriam as tabelas do Almanach Perpetuum que possibilitavam o cálculo das latitudes pela declinação solar, que por sua vez permitia uma orientação também para os navegantes que se dirigiam ao hemisfério sul. 

O aperfeiçoamento dos instrumentos náuticos e o preparo de navegantes como Bartolomeu Dias, Duarte Pacheco e outros capitães, que integravam a frota de Pedro Alvares Cabral, permitiu a descoberta deliberada e não fortuita, de acordo com os historiadores, da terra brasileira. O fato dos judeus desempenharem um papel ativo na ciência náutica ibérica, como cartógrafos, astrônomos, ou então intérpretes, conselheiros e financistas no período no qual efetivamente se dá a formação do império português, ou seja, no século XV, permite compreender também a sua presença, agora como cristãos-novos, no Brasil. O decreto de expulsão e a conversão forçada de 1496-7 dispersaram os judeus de Portugal, levando-os para além da península ibérica, a outros reinos, acompanhando o movimento de colonização e intercâmbio marítimo que se deu com a descoberta das novas rotas para a Ásia e a instalação de entrepostos na África. 

A instalação oficial do Santo Ofício em Portugal, em 1536, estimulou a saída dos conversos e seus familiares para outros lugares, mais seguros, longe dos olhos da Inquisição, como o recém-descoberto Brasil. A necessidade urgente do elemento colonizador favorecia certa tolerância para com aqueles que pretendiam continuar na fé judaica, conquanto esta não fosse manifestamente visível. O primeiro cristão-novo veio com a frota do descobrimento, em 1500. Era o notável intérprete Gaspar da Gama, que recebera o batismo daquele que lhe dera o nome, Vasco da Gama, o famoso navegador das Índias.

Desse modo, podemos dizer que judeus, ou melhor, cristão-novos, e entre eles judaizantes, encontram-se entre as primeiras levas de colonizadores no Brasil. Logo após a descoberta, o comércio é arrendado a um grupo de mercadores interessados no pau-brasil, utilizado na tinturaria, e outros produtos da terra. Este grupo, liderado por Fernando de Noronha, ou Loronha, tende a ser indicado pelos historiadores como composto em parte por cristãos-novos, sem que se possa ter provas maiores de tal origem, a não ser por documentos, como a carta de Piero Rondinelli, escrita em Sevilha em 3 de outubro de 1502, e a Relação de Lunardo da Chá Masser, de 1506, no qual o autor transcreve o nome "Firnando dalla Rogna, cristian novo".

A divisão do Brasil em capitanias hereditárias, doadas aos ilustres fidalgos e capitães portugueses, permitiu uma colonização mais sistemática da terra que recebia, entre outros, também os cristãos-novos. Estes últimos passaram a ser um elemento importante na economia açucareira introduzida no território brasileiro na região do nordeste do país, provavelmente pelas ilhas de S. Tomé ou da Madeira.

A introdução da Inquisição em Portugal em 1536 provocou a saída dos cristãos-novos daquele reino também em direção ao Brasil, geograficamente muito distante e, junto a degredados comuns, eles passam a ser exilados no imenso território que demandava gente para assegurar ao império colonial português, então em formação, a posse da colônia. Em vista da necessidade de povoamento do Brasil como uma política obrigatória para garantir o domínio do reino português em sua colônia, há boas razões para crer que o Santo Ofício teria que fazer vista grossa ao que aqui se passava, o que também explica o fato da Visitação inquisitorial ter chegado somente mais tarde em território brasileiro.

O rigor persecutório da Inquisição tornou-se maior devido à unificação de Portugal e Espanha em 1580, sendo que onze anos após, a aparente frouxidão que caracterizava a vida religiosa no Brasil modificou-se inteiramente. Em 26 de março de 1591 era nomeado o licenciado Heitor Furtado de Mendonça como visitador de São Tomé, Cabo Verde, Brasil, incluindo as capitanias da Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Parahiba, e a administração de S. Vicente e do Rio de Janeiro. Pouco após chegar à Bahia, em junho de 1591, começou sua atividade inquisitorial publicando uma carta Monitória e um Termo de Graça, no qual davam-se trinta dias para a população fazer confissões e denunciar outras pessoas. Exigia, especialmente, a delação de hábitos sexuais condenados pela Igreja, exercício de bruxaria, ofensas à instituição eclesiástica, bem como o culto de outras religiões, ou seja, a luterana ou a judaica, visando assim aos judaizantes cristãos-novos que já deveriam ser objeto de queixas das autoridades pela prática do judaísmo em segredo bem antes da Visitação. 

Quais eram essas práticas? Pelo conteúdo da Carta Monitória redigida em 1536 por Dom Diogo da Silva, por ocasião da instalação da Inquisição em Portugal, sabemos que se referia a: 

1) observância do sábado, que se revelava pelo descanso, o uso de roupa limpa ou festiva ou de joias, limpeza da casa na véspera, preparo da comida para o dia seguinte, acendimento de velas novas na sexta-feira, deixando-as queimar até o fim da noite, e a realização de qualquer rito referente ao dia de Sábado; 
2) matança de aves e animais de acordo com o ritual judaico, ou seja, testar e experimentar o fio da faca na unha, incisão no pescoço dos animais, sangramento e cobertura do sangue com terra; 
3) não comer carne de certos animais e peixes, toucinho, lebres, coelhos, aves doentes, enguias, polípodes, congros, raias, qualquer peixe sem escamas e outros alimentos proibidos aos judeus;
4) observância dos dias de jejum judaicos, incluindo o mais importante no mês de setembro, no qual a abstenção é total até que as estrelas surjam no céu, andar sempre descalço nesse dia, observar o jejum da rainha Esther, bem como jejuar o dia inteiro todas as segundas e quintas-feiras; 
5) celebrar os dias de festa judaicos, ou seja, a do pão ázimo, dos tabernáculos e do shofar, ingestão de pão ázimo e o uso de panelas e tigelas novas na Páscoa; 
6) recitar preces judaicas, voltar-se para a parede durante a recitação das preces, baixar e levantar a cabeça durante a prece, de acordo com a tradição judaica, o uso dos filactérios; 
7) recitar os salmos de penitência omitindo o Gloria Patri, et Filio, et Spiritu Sancto; 
8) tratar e sepultar cadáveres guardando luto segundo o costume judaico, comer em mesas baixas durante o luto, banhar e vestir defuntos com roupa de linho, vestindo-os com camisolas e cobrindo-os com mortalhas dobradas à guisa de capas, enterrar o falecido em solo virgem e em sepultura bem funda, cantar a litania de acordo com a tradição judaica como parte do ritual de luto, colocar uma pérola ou uma moeda de prata ou ouro na boca do defunto destinados ao pagamento de sua primeira pousada, cortar as unhas do defunto, esvaziar moringas, potes de barro e demais vasilhas de água, após a morte de uma pessoa como expressão da crença de que a alma do defunto viria ali se banhar, ou que o anjo da morte ali estivesse lavando a espada com que a golpeara; 
9) colocar ferro, pão ou vinho em jarros ou cântaros na véspera de S. João e na noite de Natal, simbolizando a crença de que, nessas ocasiões, a água se transformava em vinho; 
10) dar a bênção às crianças de acordo com a tradição judaica, impondo as mãos sobre suas cabeças, passando-as sobre suas faces sem entretanto, fazer o sinal da cruz; 
11) circuncidar os meninos e atribuir-lhes, em segredo, nomes judaicos; 
12) raspar o óleo e o crisma após o batismo das crianças. 

Além dessas referências, a Carta Monitória exigia que fosse denunciada qualquer pessoa, judeu ou mouro, que tentasse converter cristãos velhos ou novos ao islamismo ou judaísmo, assim como aqueles que possuíam bíblias em vernáculo, as quais deveriam ser entregues ao visitador para exame.

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